Limpeza de bermas e valetas

Quantas e quantas vezes já não nos deparámos, quando estamos a andar de carro e, em especial, quando circulamos pelas estradas nacionais, vias rápidas e auto-estradas a falta de manutenção das bermas das estradas, e mesmo das valetas, principalmente às entradas de localidades no interior do país?

Neste sentido, os Serviços Municipais de Proteção Civil Nacionais recomendam que se deveria proceder à limpeza de bermas e valetas como forma de prevenção, no sentido de serem evitadas inundações, a título de exemplo.

A maior parte das situações resolver-se-á, eventualmente, com o corte de vegetação rasteira junto às estradas e no final de morros, com as máquinas roçadoras e posterior remoção das giestas e / ou vegetação.

Já nos deparámos, inclusivé, com vegetação praticamente a invadir as próprias faixas de rodagem. O que isto provocará, em termos de higienização e limpeza (já para não falar de aspeto), é a acumulação de lixos e mesmo alguma degradação da própria sinalização. O que tudo isto provoca, à primeira vista, é mesmo um mau aspeto e imagem, especialmente para quem nos visita.

Tanto quanto se sabe, em termos de competências e responsabilidades, é que a limpeza das vias nacionais e IP’s está atribuída à Estradas de Portugal e, por outro lado, a manutenção e limpeza da rede de vias municipais caberá às próprias autarquias.

Seja um jogo de empurrar responsabilidades na falta de limpeza das bermas e valetas, o facto não deixa de ser que a importância desta limpeza não é apenas motivada pela aparência das estradas e vias de circulação, mas também a prevenção de infeções. É, sim, também e em grande conta, uma questão de saneamento.

limpeza de valetas

De qualquer forma e, a título de curiosidade, saiba que as vias rodoviárias são compostas por dois tipos de estrutura, que irá condicionar e marcar a sua própria manutenção e limpeza:

  • Infra-estutura rodoviária – é constituída por um conjunto de sistemas, a plataforma terraplanada, os sistemas de proteção e drenagem e pelas obras especiais com projetos específicos(como pontes ou viadutos);
  • Super-estrutura rodoviária – tem, também, os seus tipos de sistemas, ou seja, o pavimento (por exemplo, em revestimento betuminoso) que é o que está em contaccto direto com o tráfego, pelos dispositivos de sinalização e por eventuais obras complementares (para resguardar a própria segurança do tráfego).

Em termos de manutenção e segurança das próprias vias, existem bermas de sustentação, que servem para conferir maior estabilidade em taludes (morros, colinas) muito acentuados e com grandes cortes, pelo que este tipo de bermas irão suavizar o próprio declive e, assim, prevenir da melhor forma, eventuais derrames de terra ou vegetação rasteira para as faixas de circulação. Mais um motivo para que também as valetas sejam objeto de limpeza.

Na construção de valetas, estas serão, à partida, escavadas com retroescavadoras ou escavadoras hidráulicas. A diferença na utilização das máquinas é que enquanto as primeiras cavam cerca de 25m3 por hora, as segundas podem chegar aos 100m3. A drenagem subterrânea implica a dois tipos de drenos, os abertos e os fechados (tubulares). Os abertos consistem nas valetas com secção transversal às vias de circulação, de paredes inclinadas e forma de trapézio, construídas com o objetivo de evitar desmoronamentos.

De qualquer forma, quando se escava um buraco, a terra retirada ou deverá posteriormente ser usada para tapar a valeta (para os drenos fechados) ou então deverá ficar aos lados dos drenos, senão esta irá cair para dentro dos próprios drenos com as chuvas ou outras operações de agricultura.

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